O primeiro teste de um tratamento a base de células-tronco embrionárias em seres humanos foi liberado pela primeira vez no mundo nos EUA, após aprovação da FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de remédios e alimentos daquele país.As informações são do The New York Times.
O tratamento foi desenvolvido pela empresa Geron Corporation e pela Universidade da Califórnia, em pacientes com lesão medular. A pesquisa clínica havia sido aprovada em janeiro de 2009, mas a agência suspendeu os testes depois que cistos foram descobertos em alguns ratos nos quais as células tinham sido injetadas. A Geron teve que refazer o estudo.
Nesta sexta-feira (1º), a companhia anunciou em um comunicado de imprensa que a FDA deu sinal verde para os testes.
Células-tronco embrionárias podem se transformar em qualquer tipo de célula no corpo. Os cientistas preveem que um dia elas possam substituir tecidos lesionados e tratar uma ampla variedade de doenças. Mas as células têm gerado polêmica, pois envolvem a destruição de embriões humanos.Geron, que tem sede em Menlo Park, Califórnia, ajudou a financiar o isolamento das primeiras células-tronco embrionárias da Universidade de Wisconsin, na década de 1990.primeira fase do estudo terá um pequeno número de pacientes e visa, sobretudo, testar a segurança da terapia. Anos de testes ainda serão necessários antes que o tratamento seja aprovado.
Alguns especialistas temem que esta terapia não tenha sido suficientemente testada em animais e possa causar danos aos pacientes.
POLÊMICA
A liberação de pesquisas com células-tronco embrionárias de humanos para experimentos científicos nos EUA foi feita na gestão do presidente Barack Obama.
Isso foi sempre algo limitado e restrito pelo antecessor George W. Bush, cujo impedimento se sustentou sempre sob o argumento moral. Na era Bush, a verba federal para cientistas era limitada para determinadas linhas de pesquisa.
Apesar da liberação, especialistas destacam o temor de que esta terapia não tenha sido testada o suficiente em animais e possa causar danos aos pacientes.
Por outro lado, muitos cientistas acreditam que as células-tronco embrionárias vão permitir conhecimento fundamental nas causas de muitas doenças e que poderão ser usadas para curar diabetes, mal de Parkinson, paralisias e outras enfermidades...
Fonte:Uol saúde
Eu Tatiane Viciada em café, apaixonada por livros e seriados. Estudante de enfermagem, aspirante à jornalista, dramática e consumista fã de poesia, e fantasia. Mineira, Capricórniana…Inquieta, Romântica. Neurótica, insegura e bipolar... Espontânea ao extremo, o que torna para uns uma qualidade marcante, para outros o meu maior defeito.Chega de conversa Puxa uma cadeira aí e fique a vontade!
sábado, 31 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
O segredo são os detalhes...
Estava lendo mais um pouquinho da obra de Clarice Lispector quando me deparei com o seguinte texto, publicado em 14 de outubro de 1960 (Diário da Noite):
Descobrindo o próprio “sex-appeal”
“Às vezes basta um “nada” – e a descoberta foi feita. Há mulheres que, acentuando um mínino de detalhe, o transformam em arma de sedução.
Lembre-se não é necessário uma transformação radical, pelo contrário. A modificação é quase invisível: trata-se às vezes do comprimento adequado da cabeleira, de uma nuca bem “acabada”, de um “maquillage” mais sabido dos olhos, d eum desenho mais generoso dos lábios – tudo depende da matéria-prima que é você mesma.
Uma mulher que anda curvada talvez se transforme toda quando aprender a andar melhor. Uma mulher que se veste de um modo impessoal talvez com um mínimo de coragem seja mais individual. Do momento, aliás, em que você se convence de que você mesma é a sua própria matéria-prima, desse momento você já começou a ter um novo encanto…”
É sabia a frase que diz: Deus está nos detalhes. Seja na forma de agir, falar, andar são as pequenas atitudes que despertam o interesse para o outro e revela nele sua sensualidade, seu diferencial, seu ponto de conquista. Isso também vale para as atitudes femininas e sua forma de se apresentar. Muito mais do que beleza, o “sex-appeal”, o apelo sensual está nos detalhes: no acessório interessante que você escolheu, no corte de cabelo ou penteado novo, na cruzada de pernas, no jeito de andar, na voz suave e envolvente, em vários pequenos detalhes divinos. Sem deixar, é claro, de destacar a atitude e a segurança que a auto-estima bem dosada pode proporcionar a qualquer mulher. Ela potencializa seu poder de sedução.
E Clarice, como sempre à frente de seu tempo, surpreendendo-me com sua palavras certeiras e acompanhando-me em meus devaneios.
Descobrindo o próprio “sex-appeal”
“Às vezes basta um “nada” – e a descoberta foi feita. Há mulheres que, acentuando um mínino de detalhe, o transformam em arma de sedução.
Lembre-se não é necessário uma transformação radical, pelo contrário. A modificação é quase invisível: trata-se às vezes do comprimento adequado da cabeleira, de uma nuca bem “acabada”, de um “maquillage” mais sabido dos olhos, d eum desenho mais generoso dos lábios – tudo depende da matéria-prima que é você mesma.
Uma mulher que anda curvada talvez se transforme toda quando aprender a andar melhor. Uma mulher que se veste de um modo impessoal talvez com um mínimo de coragem seja mais individual. Do momento, aliás, em que você se convence de que você mesma é a sua própria matéria-prima, desse momento você já começou a ter um novo encanto…”
É sabia a frase que diz: Deus está nos detalhes. Seja na forma de agir, falar, andar são as pequenas atitudes que despertam o interesse para o outro e revela nele sua sensualidade, seu diferencial, seu ponto de conquista. Isso também vale para as atitudes femininas e sua forma de se apresentar. Muito mais do que beleza, o “sex-appeal”, o apelo sensual está nos detalhes: no acessório interessante que você escolheu, no corte de cabelo ou penteado novo, na cruzada de pernas, no jeito de andar, na voz suave e envolvente, em vários pequenos detalhes divinos. Sem deixar, é claro, de destacar a atitude e a segurança que a auto-estima bem dosada pode proporcionar a qualquer mulher. Ela potencializa seu poder de sedução.
E Clarice, como sempre à frente de seu tempo, surpreendendo-me com sua palavras certeiras e acompanhando-me em meus devaneios.
Bem me quer mal me quer...
Pois logo a mim, tão cheia de garras e sonhos, coubera arrancar de seu coração a flecha farpada. De chofre explicava-se para que eu nascera com mão dura, e para que eu nascera sem nojo da dor. Para que te servem essas unhas longas? Para te arranhar de morte e para arrancar os teus espinhos mortais, responde o lobo do homem. Para que te serve essa cruel boca de fome? Para te morder e para soprar a fim de que eu não te doa demais, meu amor, já que tenho que te doer, eu sou o lobo inevitável pois a vida me foi dada. Para que te servem essas mãos que ardem e prendem? Para ficarmos de mãos dadas, pois preciso tanto, tanto, tanto - uivaram os lobos e olharam intimidados as próprias garras antes de se aconchegarem um no outro para amar e dormir.
(Trecho do conto 'Os desastres de Sofia', in "Felicidade Clandestina)
Clarice Lispector
(Trecho do conto 'Os desastres de Sofia', in "Felicidade Clandestina)
Clarice Lispector
Algumas verdades sobre os homens…
É claro que as pessoas são diferentes e ficar generalizando é uma bobagem. Afinal, nem todo homem é cachorro e nem toda mulher é uma santa (bonito, não?). Mas existem algumas peculiaridades comuns em certo grupos. Por exemplo, a não ser que você tenha feito algo muito horrível, em quase 100% da vezes em que uma mulher quiser te enforcar, ela estará de TPM, acredite. O que quero dizer é que, a mulher especialmente, passa muito tempo sofrendo e tentando decifrar sinais vindos do parceiro. Portanto, achei bem interessante a matéria "26 verdades que ela deve ouvir" que encontrei na Men´s Health.
"Se você está interessada, não faça o tipo difícil".
Todos sabem que homem que é homem, adora o jogo da conquista. O que necessariamente não significa que você tenha que testar a paciência do coitado. Dar sinais, ou simplesmente dizer que está interessada, não é o mesmo que se jogar aos pés dele. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A mulher normalmente confunde e não consegue ficar no meio, ou está muito in ou muito out.
"Se eu fizer besteira me diga, uma vez só".
Nada mais chato do que aquela pessoa que fica batendo na mesma tecla. Não que eles não possam ser corrigidos, mas se o fizer, faça uma vez só, afinal, a única que ficava berrando no ouvido dele até que finalmente ele admitisse seu erro, era sua mãe. Você não quer ser comparada com ela!.
"A gente pode transar a hora que você quiser. Mesmo".
Não importa se passaram o dia brigando, ou se irritando um com o outro. Mulher tem dessas coisas, para o homem sexo é sexo e ponto final.
"Eu sei que é uma armadilha quando você pergunta: Você acha ela bonita?".
Eu não sei porque algumas mulheres fazem isso.
"Masturbação é pura diversão. Não é substituição".
Muitas mulheres sofrem porque o homem se masturba. É como se ela não fosse boa o bastante. Pura bobagem, a maioria dos homens fazem isso. Não importa a idade ou o tempo num relacionamento, nem a quantidade de sexo que este lhe proporciona.
"Se você puder, jamais conte detalhes de seu passado com homens. Mesmo que eu insista".
Ele pode até bancar o natural e dizer que não se importa, mas está pergunta não passa de uma armadilha e ao responde-lá, poderá arranjar motivos para pequenas discussões por tempo indeterminado.
"Mas não precisa dar uma de pura e casta"
Deixa o que ele não sabe nas entrelinhas. Não precisa dizer que é um santa e nunca fez isso ou aquilo.
"Como você, também curto beijos e amassos. Sim, quase sempre quero sexo, mas não vou morrer se não rolar."
Morrer ele não vai. Mas fazer cara de bravo ou insistir até que você desista, sim, ele vai.
"Você fica patética fingindo o orgasmo"
Essa não entendi, porque normalmente os homens não conseguem distinguir, mas coloquei aqui para que saibam que não devem fingir, permitam-se ter orgasmos de verdade ou não tenham, da próxima vez, ele que se esforce mais. Ou espere. Mas não finjam.
"Se eu oferecer ajuda enquanto você se arruma, é porque estamos atrasados".
Todo homem sabe que é a morte ficar apressando uma mulher que se arruma, então ele oferece ajuda, mesmo sem entender metade das coisas que está usando.
"Quando você me liga no trabalho só para conversar, eu não ouço".
Muita mulher faz isso e depois desliga o telefone tentando entender porque ele parecia distante e frio. Na verdade, enquanto você falava, ele continuou fazendo o que fazia antes.
"Tenha atitude na cama".
Afinal, se ele quisesse uma boneca inflável, comprava uma.
"Sim, falo de mulheres e transas (passadas) quando estou com os amigos. Mas jamais com você".
Eu preciso acreditar nisso, preciso.
"Não, a colega do trabalho/faculdade não está me dando mole. E se estivesse, não contaria"
Portanto, perguntar será inútil.
"Gosto de sites pornô. Não acredite se eu disser que eles ficaram no passado".
Eu já vi muitas amigas brigarem com os namorados/maridos por causa disso. Bobagem. É fato que todo homem checa e gosta de ver tal material, embora não admita, o fará entre os amigos.
É claro que as pessoas são diferentes e ficar generalizando é uma bobagem. Afinal, nem todo homem é cachorro e nem toda mulher é uma santa (bonito, não?). Mas existem algumas peculiaridades comuns em certo grupos. Por exemplo, a não ser que você tenha feito algo muito horrível, em quase 100% da vezes em que uma mulher quiser te enforcar, ela estará de TPM, acredite. O que quero dizer é que, a mulher especialmente, passa muito tempo sofrendo e tentando decifrar sinais vindos do parceiro. Portanto, achei bem interessante a matéria "26 verdades que ela deve ouvir" que encontrei na Men´s Health.
"Se você está interessada, não faça o tipo difícil".
Todos sabem que homem que é homem, adora o jogo da conquista. O que necessariamente não significa que você tenha que testar a paciência do coitado. Dar sinais, ou simplesmente dizer que está interessada, não é o mesmo que se jogar aos pés dele. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A mulher normalmente confunde e não consegue ficar no meio, ou está muito in ou muito out.
"Se eu fizer besteira me diga, uma vez só".
Nada mais chato do que aquela pessoa que fica batendo na mesma tecla. Não que eles não possam ser corrigidos, mas se o fizer, faça uma vez só, afinal, a única que ficava berrando no ouvido dele até que finalmente ele admitisse seu erro, era sua mãe. Você não quer ser comparada com ela!.
"A gente pode transar a hora que você quiser. Mesmo".
Não importa se passaram o dia brigando, ou se irritando um com o outro. Mulher tem dessas coisas, para o homem sexo é sexo e ponto final.
"Eu sei que é uma armadilha quando você pergunta: Você acha ela bonita?".
Eu não sei porque algumas mulheres fazem isso.
"Masturbação é pura diversão. Não é substituição".
Muitas mulheres sofrem porque o homem se masturba. É como se ela não fosse boa o bastante. Pura bobagem, a maioria dos homens fazem isso. Não importa a idade ou o tempo num relacionamento, nem a quantidade de sexo que este lhe proporciona.
"Se você puder, jamais conte detalhes de seu passado com homens. Mesmo que eu insista".
Ele pode até bancar o natural e dizer que não se importa, mas está pergunta não passa de uma armadilha e ao responde-lá, poderá arranjar motivos para pequenas discussões por tempo indeterminado.
"Mas não precisa dar uma de pura e casta"
Deixa o que ele não sabe nas entrelinhas. Não precisa dizer que é um santa e nunca fez isso ou aquilo.
"Como você, também curto beijos e amassos. Sim, quase sempre quero sexo, mas não vou morrer se não rolar."
Morrer ele não vai. Mas fazer cara de bravo ou insistir até que você desista, sim, ele vai.
"Você fica patética fingindo o orgasmo"
Essa não entendi, porque normalmente os homens não conseguem distinguir, mas coloquei aqui para que saibam que não devem fingir, permitam-se ter orgasmos de verdade ou não tenham, da próxima vez, ele que se esforce mais. Ou espere. Mas não finjam.
"Se eu oferecer ajuda enquanto você se arruma, é porque estamos atrasados".
Todo homem sabe que é a morte ficar apressando uma mulher que se arruma, então ele oferece ajuda, mesmo sem entender metade das coisas que está usando.
"Quando você me liga no trabalho só para conversar, eu não ouço".
Muita mulher faz isso e depois desliga o telefone tentando entender porque ele parecia distante e frio. Na verdade, enquanto você falava, ele continuou fazendo o que fazia antes.
"Tenha atitude na cama".
Afinal, se ele quisesse uma boneca inflável, comprava uma.
"Sim, falo de mulheres e transas (passadas) quando estou com os amigos. Mas jamais com você".
Eu preciso acreditar nisso, preciso.
"Não, a colega do trabalho/faculdade não está me dando mole. E se estivesse, não contaria"
Portanto, perguntar será inútil.
"Gosto de sites pornô. Não acredite se eu disser que eles ficaram no passado".
Eu já vi muitas amigas brigarem com os namorados/maridos por causa disso. Bobagem. É fato que todo homem checa e gosta de ver tal material, embora não admita, o fará entre os amigos.
Origem do nome Tatiane
Características e infância
Tatiana durante a sua infância.A entrada no diário de Nicolau II, no dia 29 de Maio de 1897 lembra:
O segundo claro e alegre dia da nossa família: às 10:40 pela manhã o Senhor abençoou-nos com uma filha- Tatiana. A pobre Alix sofreu toda noite sem fechar os olhos por um momento, e às 8:00h foi para o quarto da Amama ("Avó" em dinamarquês). Obrigado Deus por este momento, tudo aconteceu rápido e com segurança, e eu não me sinto nervosamente exausto. Perto das 1:00h a pequena foi banhada e Yanyshev leu algumas orações. A Mama chegou com Xenia e almoçamos juntos. Às 4:00h aconteceu a Te Deum. Tatiana pesa 83/4 e tem 54 centímetros. A nossa filha mais velha está muito feliz com ela. Li e escrevi telegramas.
Tatiana em seu traje quando decidiu se tornar enfermeira....
— '
Tatiana era irmã mais nova da Grã-Duquesa Olga Nikolaevna (1895-1918) e irmã mais velha das Grã-Duquesas Maria Nikolaevna (1899-1918) e Anastásia Nikolaevna (1901-1918) bem como de Czarevich Alexei Romanov (1904-1918).
Os seus pais deram-lhe o nome de Tatiana em honra das irmãs Olga e Tatiana Larina do livro Eugene Onegin de Aleksandr Pushkin, com a diferença de que na novela-poema Tatiana era mais velha.[2] O seu dia do nome era celebrado a 25 de janeiro (12 de janeiro no calendário antigo)
O título oficial de Tatiana, "Grã-Duquesa", traduzido literalmente significa "Grande Princesa", ou seja, como uma "alteza imperial" estava num patamar superior a outras princesas europeias que eram apenas tratadas por "alteza real."[3] Contudo, os seus amigos, familiares e criados, no geral, tratavam-na apenas pelo seu primeiro e segundo nome, Tatiana Nikolaevna, ou então pelas suas alcunhas como "Tanya", "Tatya", "Tatianochka" e "Tanushka".[4] De acordo com uma história, Tatiana, habituada a ser tratada apenas pelo seu nome e alcunhas, ficou desorientada quando a baronesa Sofie Buxhoeveden a tratou por "Vossa Alteza Imperial" e perguntou-lhe: "É maluca para me tratar assim?"[5] Tatiana também era religiosa e gostava de ponderar ideias abstractas. Os seus ideais eram geralmente vistos como poéticos e espirituais.[6]
Grã-Duquesa Tatiana em uma foto formal, em 1906.
Uma foto formal: Grã-duquesas Olga, Tatiana, Maria, e Anastásia Nikolaevna, 1906.Anna Vyrubova, a amiga da sua mãe recordou:
"Tatiana era a perfeita encarnação da sua mãe. Mais alta e esbelta do que as irmãs, tinha as maneiras suaves e refinadas dos seus ancestrais ingleses. Amável e simpática, ela dispunha em direcção às irmãs mais novas e ao irmão, um espírito protector que eles, brincado, apelidaram-na "A Governanta". De todas as Grã Duquesas, Tatiana era a mais popular entre as pessoas, e eu suspeito que, nos seus corações, era a mais ternamente amada pelos pais. De todas as irmãs, Tatiana era a mais sociável. Ela gostava da sociedade e de ter longas amizades. Mas amigos para essas bem-nascidas, mas infortunadas meninas, eram muito difíceis de se encontrar. A Imperatriz temia pelas as suas filhas, a companhia de meninas mal-criadas da aristocracia, de mentes, desde cedo alimentadas com tolices e usualmente outros vícios de intrigas da sociedade decadente. A Imperatriz desencorajava associações com primos e parentes próximos, muitos deles precoces em seus pontos de vida."
— '
[7]
A Baronesa Sophie Buxhoeveden escreveu que Tatiana era mais alta que a mãe, mas era muito delicada e bem proporcionada, e, por isso sua altura não era notada. Tinha traços finos e regulares, lembrando seus ancestrais, que foram famosos por sua beleza.[8]
Tal como as restantes crianças Romanov, Tatiana foi criada com alguma austeridade. Ela e as irmãs dormiam em camas amovíveis, sem almofadas, tomavam banhos frios de manhã e esperava-se sempre que estivessem ocupadas com bordados ou tricô nos seus tempos livres. Os seus trabalhos eram oferecidos a bazares de solidariedade.[9]
Tatiana e Olga eram conhecidas como "O Par Grande" na família.[5] Enquanto as duas mais novas, formavam "O Par Pequeno". As quatro irmãs mandavam presentes e assinavam cartas usando a alcunha "OTMA". E elas sempre compartilhavam as suas coisas umas com as outras, e com os seus amigos.
Sophie Buxhoeveden lembrou:
Numa ocasião elas pensaram que o meu vestido precisava de um colar de rubis para completá-lo. Eu disse que não tinha, e que as minhas pérolas serviam. Tatiana Nikolaevna saiu e apareceu com vários broches que queria que eu usasse. Eu naturalmente recusei, para seu grande espanto. "Nós, irmãs emprestamos tudo umas às outras" disse ela, "Quando pensamos que as jóias de uma ficarão apropriadas no vestido da outra."
— '
[10]
Tatiana foi apelidada pelos irmãos de "a Governanta" porque era ela quem intercedia aos pais caso eles quisessem pedir alguma coisa. Tatiana era descrita como alta,com cabelos castanhos claros e olhos azuis acinzentados.Era a copia de sua irmã mais velha mas bem mais alegre e alta
[editar] O Par Grande
Tatiana e a irmã mais velha, Olga, eram conhecidas como "O Par Grande". Tal como as duas irmãs mais novas, as duas mais velhas partilhavam o quarto e eram muito próximas uma da outra desde a infância.
Tatiana com a irmã Olga em 1904.Na Primavera de 1901, Olga teve febre tifóide e ficou restringida a um quarto durante várias semanas, longe das suas irmãs. Quando começou a melhorar, foi-lhe dada autorização para ver Tatiana durante 5 minutos, mas esta não a reconheceu. Quando a sua governanta, Margaretta Eagar, lhe disse que a criança com quem tinha estado a falar era Olga, Tatiana de 4 anos começou a chorar amargamente e protestou dizendo que a pálida criança não podia ser a sua adorada irmã. Eagar teve dificuldade em persuadi-la de que Olga podia recuperar.[11] O tutor francês, Pierre Gilliard, escreveu que as duas irmãs eram "apaixonadamente devotas uma à outra."[12]
Apesar de ser 18 meses mais nova do que Olga, esta não tinha objecções quando Tatiana decidia tomar conta da situação.[6] Ela era também mais próxima da mãe do que qualquer das outras irmãs e era considerada por muitos que a conheciam, a filha preferida da czarina.[13]
Gilliard escreveu:
Tatiana era bastante reservada, essencialmente equilibrada e tinha vontade própria, mas ela era menos franca e espontânea do que sua irmã mais velha. Ela não era tão talentosa, mas sua inferioridade era compensada com perseverança e dedicação. Ela era bonita, mas não tinha o charme de Olga Nikolaevna. Se a Czarina mantinha alguma diferença entre suas filhas, Tatiana Nikolaevna era sua favorita. Não era que as outras irmãs gostassem menos da mãe mas a Tatiana sabia como rodeá-la de atenções sem limite e nunca abriu caminho para que a mãe tivesse impulsos caprichosos.
— '
[14]
Alexandra escreveu a Nicolau no dia 13 de Março de 1916 que Tatiana era a única das suas quatro filhas que compreendia logo quando ela explicava a sua visão das coisas.[15] O coronel Kobylinsky, guarda da família em Czarskoye Selo e Tobolsk, sentia que Tatiana não tinha nenhuma ligação com Arte. "Talvez fosse melhor para ela ter sido um homem."[16] Outros tinham a impressão de que os talentos artísticos da Grã-duquesa eram mais visíveis em trabalhos manuais e na moda, tanto no vestuário como no cabelo. Anna Vyrubova, escreveu mais tarde que Tatiana tinha um grande talento para desenhar roupa e crochê e que era ela quem penteava o longo cabelo da mãe como um cabeleireiro profissional. Tatiana gostava de costurar, bordar e outros trabalhos manuais e de roupas e perfumes.[17]
O seu perfume era o Jasmine de Corse de Coty.[18] Ela também gostava de ler novelas e revistas de moda. Era considerada uma boa pianista.
Adolescência, juventude e Primeira Guerra Mundial
Tatiana (esq.) e Olga vestidas com os uniformes dos seus regimentos.Quando se tornou adolescente, um regimento de soldados foi oferecido a Tatiana que recebeu o título de coronel.[19] Ela e Olga, que também tinha o seu próprio regimento, costumavam ir inspecionar os soldados regularmente, o que gostavam bastante.[20] Quando tinha quase 14 anos, uma Tatiana doente implorou à sua mãe que lhe desse permissão para sair da cama e fazer a inspeção aos soldados, para que pudesse se encontrar com um soldado com quem simpatizava particularmente.
"Gostaria muito de ir à inspeção da segunda divisão, uma vez que sou a segunda filha e a Olga já foi, portanto é a minha vez," escreveu a Alexandra no dia 20 de Abril de 1911. "Sim, mama, e na segunda divisão irei ver quem devo ver… tu sabes quem."[21]
Enquanto aproveitava a companhia dos soldados que conhecia, a jovem Tatiana também achava às vezes o seu comportamento chocante, nomeadamente quando um grupo ofereceu um retrato da estátua de Davi de Miquelângelo à sua irmã Olga em 1911.[22]
Grã Duquesa Tatiana em 1910 durante o Cruzeiro de verão da família a bordo do Standart. Cortesia: Beinecke Library.
Tatiana durante a sua época como enfermeira na Primeira Guerra Mundial.Nesse Outono, Tatiana, de 14 anos, testemunhou o primeiro ato de violência quando assistiu ao assassinato do Primeiro-Ministro Pyotr Stolypin durante um espectáculo na Casa da Ópera de Kiev. Tanto ela como a sua irmã Olga tinham seguido o pai para a sua tribuna no local e viram o disparo. O seu pai escreveu mais tarde à sua mãe, a Imperatriz Maria Feodorovna, no dia 10 de Setembro de 1911, e disse que a situação tinha perturbado ambas as filhas. Tatiana entrou em pânico e ambas tiveram dificuldades a dormir nessa noite.[23]
Na Primavera de 1913, Tatiana sofreu de febre tifóide e, para seu desgosto, perdeu todo o cabelo.
Um ano mais tarde, quando rebentou a Primeira Guerra Mundial, Tatiana tornou-se enfermeira pela Cruz Vermelha juntamente com Olga e a mãe de ambas. Elas cuidaram de soldados feridos num hospital privado em Czarskoye Selo. De acordo com relatos dessa altura, "Tatiana era quase tão competente e empenhada quanto a mãe e apenas se queixava do fato de, devido à sua idade, ser poupada de casos mais exigentes."[24]
No período em que Tatiana trabalhou no hospital, conheceu um soldado ferido chamado Dmitri Malama, que lhe deu de presente um bulldog francês, que ela nomeou Ortino.[25]
Tatiana era muito patriótica e pediu desculpas numa carta datada de 29 de Outubro de 1914 pelos comentários negativos feitos aos alemães na presença da sua mãe nascida nesse país. Explicou que se esqueceu que a sua mãe tinha nascido na Alemanha porque a via apenas como russa. A czarina respondeu que também se sentia assim e que a sua filha não a tinha insultado com as suas palavras afiadas, mas sentiu-se magoada pelos rumores que circulavam entre o povo russo de que ela era uma espia alemã.[26]
No dia 15 de Agosto de 1915, Tatiana escreveu uma outra carta à mãe onde expressava o seu desejo de a ajudar a carregar os fardos trazidos pela guerra: "Simplesmente não consigo te dizer como estou triste por ti e por todos. Tenho tanta pena que não possa te ajudar ou ser útil. Em momentos assim, tenho pena de não ser um homem."[27] À medida que crescia para a idade adulta, Tatiana começou a participar em mais ocasiões públicas do que as irmãs.
[editar] Idade adulta
Grã Duquesa Tatiana Nikolaevna em 1914.Nesta altura, Tatiana era a mais conhecida das irmãs devido à sua atenção pelo dever e a amabilidade com que recebia aqueles que conhecia. A segunda filha do czar é recordada como a mais sociável das irmãs, procurando longas amizades com pessoas da sua idade, no entanto a sua vida social era restringida devido ao seu estatuto e ao fato de a mãe não gostar de ocasiões sociais. A baronesa Sophie Buxhoeveden observou que Tatiana era sociável, e amigos seriam bem-vindos, mas nenhuma garota era convidada para ir ao palácio. Sua mãe pensava que as irmãs seriam capazes de se entreterem.[28] Tinha também um lado mais introspectivo, conhecido pelos seus amigos mais próximos e família.
A Grã-duquesa Tatiana era charmosa como a sua irmã Olga, mas de um jeito diferente. Ela havia sido descrita como orgulhosa, mas eu nunca conheci ninguém menos orgulhosa do que ela. Com ela, tal como com a mãe, a timidez e as reservas eram características, mas, assim que a conhecessem melhor e ganhassem a sua admiração, essa timidez desaparecia e a verdadeira Tatiana aparecia. Ela era uma criatura poética, sempre à procura do ideal, e a sonhar com grandes amizades que poderiam pertencer-lhe. O Imperador amava a sua devoção, eles tinham muito em comum, e as irmãs costumavam rir, e diziam que, se um favor era necessário, "Tatiana deve pedir ao Papá para isso ser concedido." Ela era muito alta, e excessivamente magra, como um perfil em medalhão, profundos olhos azuis, e cabelos castanho-escuros… uma amavél Rosa virginal, frágil e pura como uma flor.
— '
[29]
Chebotareva, uma amiga da mãe, que disse adorar a "doce" Tatiana quase como uma filha, descreveu como a Grã-duquesa lhe segurou a mão quando estava nervosa ao caminhar em frente de um grande grupo de enfermeiras. "Estou terrivelmente envergonhada e assustada… não sei quem cumprimentar e quem não devo cumprimentar," disse-lhe Tatiana.[30] A sua informalidade também impressionou o filho de Chebotareva, Gregório. Uma vez Tatiana ligou-lhe para que ela aparecesse em sua casa e falou primeiro com o seu filho de 16 anos. Gregório ficou chateado quando ela o tratou pelo seu diminutivo (Grisha). Não sabendo quem estava a falar do outro lado, o frontal Gregório pediu à filha do czar que se identificasse, ao que ela respondeu, "Tatiana Nikolaevna ". Quando ele lhe perguntou outra vez, ainda sem acreditar que estava a falar com uma Romanov, Tatiana continuou sem revelar o seu título imperial de Grã-Duquesa " e respondeu que era "A segunda irmã Romanov ".[31]
Numa outra ocasião durante a guerra, quando uma mulher que normalmente as levava do hospital até a casa não as pôde ir buscar e enviou uma carruagem sem nenhum vigilante, Tatiana e a irmã Olga decidiram ir às compras pela primeira vez. Ordenaram que a carruagem parasse perto de uma zona de lojas e entraram numa delas, onde ninguém as reconheceu devido à sua farda de enfermeiras. Voltaram sem comprar nada quando perceberam que não tinham dinheiro, mesmo que o tivessem, não saberiam usá-lo. No dia seguinte pediram a Chebotareva que as ensinasse a usar dinheiro.[31]
[editar] Exílio e execução
Tatiana (1ª da dir. com as suas irmãs durante o exilio em Tobolsk.A família partiu para o exílio após a Revolução de Fevereiro de 1917. Depois de um curto período em Czarskoe Selo, foram enviados para uma residência privada em Tobolsk. A mudança drástica de circunstâncias e a incerteza sobre o que iria acontecer, afetou Tatiana, tal como o resto da família.
"Ela aborrece-se sem trabalho," escreveu a sua colega enfermeira Valentina Chebotareva depois de receber uma carta dela de 16 de Abril de 1917.
"É estranho sentar-me de manhã em casa, estar de boa saúde e não ir mudar ligaduras!" escreveu Tatiana a Chebotareva.[32] Tatiana, aparentemente tentando defender a sua mãe, perguntou à sua amiga Margarita Khitrovo numa carta datada de 8 de Maio de 1917, o porquê de as suas colegas enfermeiras não lhe escreverem diretamente.[33] Chebotavera escreveu no seu diário que, enquanto tinha pena do resto da família, não conseguia escrever diretamente à Imperatriz porque a culpava pela Revolução. "Se alguém deseja escrever-nos, então que escrevam diretamente," escreveu a filha do czar à "minha adorada" Chebotareva no dia 9 de Dezembro de 1917 depois de exprimir a sua preocupação pelas enfermeiras e por um paciente que tinham tratado juntas uma vez. O filho de Chebotareva, Gregório Tschebotarioff, reparou na "firmeza e energia da sua escrita" e como a letra "refletia a natureza que fazia com que a sua mãe a estimasse tanto."[34]
O tutor inglês de Tatiana, Sydney Gibbes, recordou que a sua estudante emagreceu bastante durante o seu aprisionamento e parecia "mais distante" e "mais misteriosa" para ele do que alguma vez ele recordava.[35]
Em Abril de 1918 os bolcheviques transferiram Nicolau, Alexandra e Maria para Ekaterinburgo. Os restantes filhos ficaram em Tobolsk devido ao fato de Alexei ter sofrido um outro ataque de hemofilia e não estar em condições para a longa viagem. Foi Tatiana quem persuadiu a mãe a "parar de atormentar a si própria" e decidir ir com o marido, deixando Alexei para trás. Alexandra decidiu que a sua forte filha devia ficar também para trás para tomar conta de Alexei.[36]
Durante o mês que passaram separadas dos pais e da irmã, Tatiana, Olga, Anastásia e uma empregada que tinha ficado com elas, mantinham-se ocupadas a costurar pedras preciosas e todo o tipo de jóias por dentro das suas roupas, para as esconderem dos seus guardas. Tatiana e as irmãs ficaram mais tarde chocadas quando foram assediadas sexualmente pelos guardas a bordo do navio "Rus" que as levou de Tobolsk para Ekaterinburgo em Maio de 1918. Os guardas seguiam as pistas de um ou mais empregados no grupo e procuravam as jóias. Sydney Gibbes foi assombrado durante o resto da sua vida pela memória dos gritos aterrorizados das filhas do czar e pelo fato de não poder fazer nada para as ajudar.[37]
Pierre Gilliard recordou mais tarde a última vez em que viu Olga, Tatiana, Anastasia e Alexei quando foram separados em Ekaterinburgo:
O marinheiro Nagorny, que sempre tomou conta de Alexei Nikolaevitch, passou pela minha janela com o rapaz doente nos braços, atrás dele vinham as grã-duquesas carregadas com malas e pequenos pertences pessoais. Eu tentei sair, mas fui empurrado bruscamente para a carruagem por um guarda. Voltei para a janela. Tatiana Nikolaevna vinha em último, carregando o seu pequeno cão e a esforçar-se por arrastar a sua grande e pesada mala castanha. Estava chovendo e vi os pés dela enterrarem-se mais profundamente na lama a cada passo que dava. Nagorny tentou ajudá-la; foi empurrado bruscamente por um dos guardas.
— '
[38]
Tatiana com a mãe Alexandra em 1913.Em Ekaterinburgo, Tatiana juntava-se ocasionalmente às suas irmãs mais novas em conversas com alguns dos guardas. Nelas falavam de chá, perguntavam-lhes sobre as suas famílias e falavam sobre as suas esperanças para uma nova vida na Inglaterra quando fossem libertadas. Numa ocasião, um dos guardas esqueceu-se que estava a falar com um membro da realeza e contou uma anedota obscena. Tatiana, chocada, fugiu da sala, "pálida como a morte" e a sua irmã Maria repreendeu os guardas pela sua má linguagem.[39]
Ela "era simpática com os guardas se achasse que eles estavam se comportando de modo aceitável e prendado," escreveu um dos guardas nas suas memórias.[39] Tatiana, que continuava a ser a líder da família, era enviada muitas vezes pelos pais para questionar os guardas sobre as regras ou sobre o que lhes aconteceria. Também passou muito tempo sentada ao lado da mãe, a quem lia) e do irmão mais novo, com quem jogava jogos para ocupar o tempo.
As últimas palavras que Tatiana escreveu no seu diário em Ekaterinburgo foram uma transcrição das palavras do padre Ioann de Kronstadt: "A vossa raiva não tem medida, a raiva do Senhor nos Jardins de Getsêmani, pelos pecados do mundo não tem medida, juntem a vossa raiva à Dele, e nela encontrarão conforto."[40]
Na tarde de 16 de Julho de 1918, o seu último dia completo de vida, Tatiana sentou-se com a sua mãe e leu excertos bíblicos do Livro de Amos e Obadia, escreveu Alexandra no seu diário. Mais tarde as duas simplesmente falaram uma com a outra.[41]
Tatiana Romanova foi assassinada na noite de 17 de Julho de 1918 juntamente com a sua família quando tinha 21 anos.
[editar] Canonização
Em 2000, Tatiana e sua família foram canonizados como Portadores da Paz pela Igreja Ortodoxa Russa. A família foi anteriormente canonizada em 1981 pela Igreja Ortodoxa Russa no estrangeiro como Santos Mártires. Os corpos do czar Nicolau II, da czarina Alexandra e de três filhas foram finalmente enterrados na Catedral de São Pedro e Paulo em São Petersburgo em 17 de julho de 1998, oitenta anos após seu assassinato.[42]
Tatiana durante a sua infância.A entrada no diário de Nicolau II, no dia 29 de Maio de 1897 lembra:
O segundo claro e alegre dia da nossa família: às 10:40 pela manhã o Senhor abençoou-nos com uma filha- Tatiana. A pobre Alix sofreu toda noite sem fechar os olhos por um momento, e às 8:00h foi para o quarto da Amama ("Avó" em dinamarquês). Obrigado Deus por este momento, tudo aconteceu rápido e com segurança, e eu não me sinto nervosamente exausto. Perto das 1:00h a pequena foi banhada e Yanyshev leu algumas orações. A Mama chegou com Xenia e almoçamos juntos. Às 4:00h aconteceu a Te Deum. Tatiana pesa 83/4 e tem 54 centímetros. A nossa filha mais velha está muito feliz com ela. Li e escrevi telegramas.
Tatiana em seu traje quando decidiu se tornar enfermeira....
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Tatiana era irmã mais nova da Grã-Duquesa Olga Nikolaevna (1895-1918) e irmã mais velha das Grã-Duquesas Maria Nikolaevna (1899-1918) e Anastásia Nikolaevna (1901-1918) bem como de Czarevich Alexei Romanov (1904-1918).
Os seus pais deram-lhe o nome de Tatiana em honra das irmãs Olga e Tatiana Larina do livro Eugene Onegin de Aleksandr Pushkin, com a diferença de que na novela-poema Tatiana era mais velha.[2] O seu dia do nome era celebrado a 25 de janeiro (12 de janeiro no calendário antigo)
O título oficial de Tatiana, "Grã-Duquesa", traduzido literalmente significa "Grande Princesa", ou seja, como uma "alteza imperial" estava num patamar superior a outras princesas europeias que eram apenas tratadas por "alteza real."[3] Contudo, os seus amigos, familiares e criados, no geral, tratavam-na apenas pelo seu primeiro e segundo nome, Tatiana Nikolaevna, ou então pelas suas alcunhas como "Tanya", "Tatya", "Tatianochka" e "Tanushka".[4] De acordo com uma história, Tatiana, habituada a ser tratada apenas pelo seu nome e alcunhas, ficou desorientada quando a baronesa Sofie Buxhoeveden a tratou por "Vossa Alteza Imperial" e perguntou-lhe: "É maluca para me tratar assim?"[5] Tatiana também era religiosa e gostava de ponderar ideias abstractas. Os seus ideais eram geralmente vistos como poéticos e espirituais.[6]
Grã-Duquesa Tatiana em uma foto formal, em 1906.
Uma foto formal: Grã-duquesas Olga, Tatiana, Maria, e Anastásia Nikolaevna, 1906.Anna Vyrubova, a amiga da sua mãe recordou:
"Tatiana era a perfeita encarnação da sua mãe. Mais alta e esbelta do que as irmãs, tinha as maneiras suaves e refinadas dos seus ancestrais ingleses. Amável e simpática, ela dispunha em direcção às irmãs mais novas e ao irmão, um espírito protector que eles, brincado, apelidaram-na "A Governanta". De todas as Grã Duquesas, Tatiana era a mais popular entre as pessoas, e eu suspeito que, nos seus corações, era a mais ternamente amada pelos pais. De todas as irmãs, Tatiana era a mais sociável. Ela gostava da sociedade e de ter longas amizades. Mas amigos para essas bem-nascidas, mas infortunadas meninas, eram muito difíceis de se encontrar. A Imperatriz temia pelas as suas filhas, a companhia de meninas mal-criadas da aristocracia, de mentes, desde cedo alimentadas com tolices e usualmente outros vícios de intrigas da sociedade decadente. A Imperatriz desencorajava associações com primos e parentes próximos, muitos deles precoces em seus pontos de vida."
— '
[7]
A Baronesa Sophie Buxhoeveden escreveu que Tatiana era mais alta que a mãe, mas era muito delicada e bem proporcionada, e, por isso sua altura não era notada. Tinha traços finos e regulares, lembrando seus ancestrais, que foram famosos por sua beleza.[8]
Tal como as restantes crianças Romanov, Tatiana foi criada com alguma austeridade. Ela e as irmãs dormiam em camas amovíveis, sem almofadas, tomavam banhos frios de manhã e esperava-se sempre que estivessem ocupadas com bordados ou tricô nos seus tempos livres. Os seus trabalhos eram oferecidos a bazares de solidariedade.[9]
Tatiana e Olga eram conhecidas como "O Par Grande" na família.[5] Enquanto as duas mais novas, formavam "O Par Pequeno". As quatro irmãs mandavam presentes e assinavam cartas usando a alcunha "OTMA". E elas sempre compartilhavam as suas coisas umas com as outras, e com os seus amigos.
Sophie Buxhoeveden lembrou:
Numa ocasião elas pensaram que o meu vestido precisava de um colar de rubis para completá-lo. Eu disse que não tinha, e que as minhas pérolas serviam. Tatiana Nikolaevna saiu e apareceu com vários broches que queria que eu usasse. Eu naturalmente recusei, para seu grande espanto. "Nós, irmãs emprestamos tudo umas às outras" disse ela, "Quando pensamos que as jóias de uma ficarão apropriadas no vestido da outra."
— '
[10]
Tatiana foi apelidada pelos irmãos de "a Governanta" porque era ela quem intercedia aos pais caso eles quisessem pedir alguma coisa. Tatiana era descrita como alta,com cabelos castanhos claros e olhos azuis acinzentados.Era a copia de sua irmã mais velha mas bem mais alegre e alta
[editar] O Par Grande
Tatiana e a irmã mais velha, Olga, eram conhecidas como "O Par Grande". Tal como as duas irmãs mais novas, as duas mais velhas partilhavam o quarto e eram muito próximas uma da outra desde a infância.
Tatiana com a irmã Olga em 1904.Na Primavera de 1901, Olga teve febre tifóide e ficou restringida a um quarto durante várias semanas, longe das suas irmãs. Quando começou a melhorar, foi-lhe dada autorização para ver Tatiana durante 5 minutos, mas esta não a reconheceu. Quando a sua governanta, Margaretta Eagar, lhe disse que a criança com quem tinha estado a falar era Olga, Tatiana de 4 anos começou a chorar amargamente e protestou dizendo que a pálida criança não podia ser a sua adorada irmã. Eagar teve dificuldade em persuadi-la de que Olga podia recuperar.[11] O tutor francês, Pierre Gilliard, escreveu que as duas irmãs eram "apaixonadamente devotas uma à outra."[12]
Apesar de ser 18 meses mais nova do que Olga, esta não tinha objecções quando Tatiana decidia tomar conta da situação.[6] Ela era também mais próxima da mãe do que qualquer das outras irmãs e era considerada por muitos que a conheciam, a filha preferida da czarina.[13]
Gilliard escreveu:
Tatiana era bastante reservada, essencialmente equilibrada e tinha vontade própria, mas ela era menos franca e espontânea do que sua irmã mais velha. Ela não era tão talentosa, mas sua inferioridade era compensada com perseverança e dedicação. Ela era bonita, mas não tinha o charme de Olga Nikolaevna. Se a Czarina mantinha alguma diferença entre suas filhas, Tatiana Nikolaevna era sua favorita. Não era que as outras irmãs gostassem menos da mãe mas a Tatiana sabia como rodeá-la de atenções sem limite e nunca abriu caminho para que a mãe tivesse impulsos caprichosos.
— '
[14]
Alexandra escreveu a Nicolau no dia 13 de Março de 1916 que Tatiana era a única das suas quatro filhas que compreendia logo quando ela explicava a sua visão das coisas.[15] O coronel Kobylinsky, guarda da família em Czarskoye Selo e Tobolsk, sentia que Tatiana não tinha nenhuma ligação com Arte. "Talvez fosse melhor para ela ter sido um homem."[16] Outros tinham a impressão de que os talentos artísticos da Grã-duquesa eram mais visíveis em trabalhos manuais e na moda, tanto no vestuário como no cabelo. Anna Vyrubova, escreveu mais tarde que Tatiana tinha um grande talento para desenhar roupa e crochê e que era ela quem penteava o longo cabelo da mãe como um cabeleireiro profissional. Tatiana gostava de costurar, bordar e outros trabalhos manuais e de roupas e perfumes.[17]
O seu perfume era o Jasmine de Corse de Coty.[18] Ela também gostava de ler novelas e revistas de moda. Era considerada uma boa pianista.
Adolescência, juventude e Primeira Guerra Mundial
Tatiana (esq.) e Olga vestidas com os uniformes dos seus regimentos.Quando se tornou adolescente, um regimento de soldados foi oferecido a Tatiana que recebeu o título de coronel.[19] Ela e Olga, que também tinha o seu próprio regimento, costumavam ir inspecionar os soldados regularmente, o que gostavam bastante.[20] Quando tinha quase 14 anos, uma Tatiana doente implorou à sua mãe que lhe desse permissão para sair da cama e fazer a inspeção aos soldados, para que pudesse se encontrar com um soldado com quem simpatizava particularmente.
"Gostaria muito de ir à inspeção da segunda divisão, uma vez que sou a segunda filha e a Olga já foi, portanto é a minha vez," escreveu a Alexandra no dia 20 de Abril de 1911. "Sim, mama, e na segunda divisão irei ver quem devo ver… tu sabes quem."[21]
Enquanto aproveitava a companhia dos soldados que conhecia, a jovem Tatiana também achava às vezes o seu comportamento chocante, nomeadamente quando um grupo ofereceu um retrato da estátua de Davi de Miquelângelo à sua irmã Olga em 1911.[22]
Grã Duquesa Tatiana em 1910 durante o Cruzeiro de verão da família a bordo do Standart. Cortesia: Beinecke Library.
Tatiana durante a sua época como enfermeira na Primeira Guerra Mundial.Nesse Outono, Tatiana, de 14 anos, testemunhou o primeiro ato de violência quando assistiu ao assassinato do Primeiro-Ministro Pyotr Stolypin durante um espectáculo na Casa da Ópera de Kiev. Tanto ela como a sua irmã Olga tinham seguido o pai para a sua tribuna no local e viram o disparo. O seu pai escreveu mais tarde à sua mãe, a Imperatriz Maria Feodorovna, no dia 10 de Setembro de 1911, e disse que a situação tinha perturbado ambas as filhas. Tatiana entrou em pânico e ambas tiveram dificuldades a dormir nessa noite.[23]
Na Primavera de 1913, Tatiana sofreu de febre tifóide e, para seu desgosto, perdeu todo o cabelo.
Um ano mais tarde, quando rebentou a Primeira Guerra Mundial, Tatiana tornou-se enfermeira pela Cruz Vermelha juntamente com Olga e a mãe de ambas. Elas cuidaram de soldados feridos num hospital privado em Czarskoye Selo. De acordo com relatos dessa altura, "Tatiana era quase tão competente e empenhada quanto a mãe e apenas se queixava do fato de, devido à sua idade, ser poupada de casos mais exigentes."[24]
No período em que Tatiana trabalhou no hospital, conheceu um soldado ferido chamado Dmitri Malama, que lhe deu de presente um bulldog francês, que ela nomeou Ortino.[25]
Tatiana era muito patriótica e pediu desculpas numa carta datada de 29 de Outubro de 1914 pelos comentários negativos feitos aos alemães na presença da sua mãe nascida nesse país. Explicou que se esqueceu que a sua mãe tinha nascido na Alemanha porque a via apenas como russa. A czarina respondeu que também se sentia assim e que a sua filha não a tinha insultado com as suas palavras afiadas, mas sentiu-se magoada pelos rumores que circulavam entre o povo russo de que ela era uma espia alemã.[26]
No dia 15 de Agosto de 1915, Tatiana escreveu uma outra carta à mãe onde expressava o seu desejo de a ajudar a carregar os fardos trazidos pela guerra: "Simplesmente não consigo te dizer como estou triste por ti e por todos. Tenho tanta pena que não possa te ajudar ou ser útil. Em momentos assim, tenho pena de não ser um homem."[27] À medida que crescia para a idade adulta, Tatiana começou a participar em mais ocasiões públicas do que as irmãs.
[editar] Idade adulta
Grã Duquesa Tatiana Nikolaevna em 1914.Nesta altura, Tatiana era a mais conhecida das irmãs devido à sua atenção pelo dever e a amabilidade com que recebia aqueles que conhecia. A segunda filha do czar é recordada como a mais sociável das irmãs, procurando longas amizades com pessoas da sua idade, no entanto a sua vida social era restringida devido ao seu estatuto e ao fato de a mãe não gostar de ocasiões sociais. A baronesa Sophie Buxhoeveden observou que Tatiana era sociável, e amigos seriam bem-vindos, mas nenhuma garota era convidada para ir ao palácio. Sua mãe pensava que as irmãs seriam capazes de se entreterem.[28] Tinha também um lado mais introspectivo, conhecido pelos seus amigos mais próximos e família.
A Grã-duquesa Tatiana era charmosa como a sua irmã Olga, mas de um jeito diferente. Ela havia sido descrita como orgulhosa, mas eu nunca conheci ninguém menos orgulhosa do que ela. Com ela, tal como com a mãe, a timidez e as reservas eram características, mas, assim que a conhecessem melhor e ganhassem a sua admiração, essa timidez desaparecia e a verdadeira Tatiana aparecia. Ela era uma criatura poética, sempre à procura do ideal, e a sonhar com grandes amizades que poderiam pertencer-lhe. O Imperador amava a sua devoção, eles tinham muito em comum, e as irmãs costumavam rir, e diziam que, se um favor era necessário, "Tatiana deve pedir ao Papá para isso ser concedido." Ela era muito alta, e excessivamente magra, como um perfil em medalhão, profundos olhos azuis, e cabelos castanho-escuros… uma amavél Rosa virginal, frágil e pura como uma flor.
— '
[29]
Chebotareva, uma amiga da mãe, que disse adorar a "doce" Tatiana quase como uma filha, descreveu como a Grã-duquesa lhe segurou a mão quando estava nervosa ao caminhar em frente de um grande grupo de enfermeiras. "Estou terrivelmente envergonhada e assustada… não sei quem cumprimentar e quem não devo cumprimentar," disse-lhe Tatiana.[30] A sua informalidade também impressionou o filho de Chebotareva, Gregório. Uma vez Tatiana ligou-lhe para que ela aparecesse em sua casa e falou primeiro com o seu filho de 16 anos. Gregório ficou chateado quando ela o tratou pelo seu diminutivo (Grisha). Não sabendo quem estava a falar do outro lado, o frontal Gregório pediu à filha do czar que se identificasse, ao que ela respondeu, "Tatiana Nikolaevna ". Quando ele lhe perguntou outra vez, ainda sem acreditar que estava a falar com uma Romanov, Tatiana continuou sem revelar o seu título imperial de Grã-Duquesa " e respondeu que era "A segunda irmã Romanov ".[31]
Numa outra ocasião durante a guerra, quando uma mulher que normalmente as levava do hospital até a casa não as pôde ir buscar e enviou uma carruagem sem nenhum vigilante, Tatiana e a irmã Olga decidiram ir às compras pela primeira vez. Ordenaram que a carruagem parasse perto de uma zona de lojas e entraram numa delas, onde ninguém as reconheceu devido à sua farda de enfermeiras. Voltaram sem comprar nada quando perceberam que não tinham dinheiro, mesmo que o tivessem, não saberiam usá-lo. No dia seguinte pediram a Chebotareva que as ensinasse a usar dinheiro.[31]
[editar] Exílio e execução
Tatiana (1ª da dir. com as suas irmãs durante o exilio em Tobolsk.A família partiu para o exílio após a Revolução de Fevereiro de 1917. Depois de um curto período em Czarskoe Selo, foram enviados para uma residência privada em Tobolsk. A mudança drástica de circunstâncias e a incerteza sobre o que iria acontecer, afetou Tatiana, tal como o resto da família.
"Ela aborrece-se sem trabalho," escreveu a sua colega enfermeira Valentina Chebotareva depois de receber uma carta dela de 16 de Abril de 1917.
"É estranho sentar-me de manhã em casa, estar de boa saúde e não ir mudar ligaduras!" escreveu Tatiana a Chebotareva.[32] Tatiana, aparentemente tentando defender a sua mãe, perguntou à sua amiga Margarita Khitrovo numa carta datada de 8 de Maio de 1917, o porquê de as suas colegas enfermeiras não lhe escreverem diretamente.[33] Chebotavera escreveu no seu diário que, enquanto tinha pena do resto da família, não conseguia escrever diretamente à Imperatriz porque a culpava pela Revolução. "Se alguém deseja escrever-nos, então que escrevam diretamente," escreveu a filha do czar à "minha adorada" Chebotareva no dia 9 de Dezembro de 1917 depois de exprimir a sua preocupação pelas enfermeiras e por um paciente que tinham tratado juntas uma vez. O filho de Chebotareva, Gregório Tschebotarioff, reparou na "firmeza e energia da sua escrita" e como a letra "refletia a natureza que fazia com que a sua mãe a estimasse tanto."[34]
O tutor inglês de Tatiana, Sydney Gibbes, recordou que a sua estudante emagreceu bastante durante o seu aprisionamento e parecia "mais distante" e "mais misteriosa" para ele do que alguma vez ele recordava.[35]
Em Abril de 1918 os bolcheviques transferiram Nicolau, Alexandra e Maria para Ekaterinburgo. Os restantes filhos ficaram em Tobolsk devido ao fato de Alexei ter sofrido um outro ataque de hemofilia e não estar em condições para a longa viagem. Foi Tatiana quem persuadiu a mãe a "parar de atormentar a si própria" e decidir ir com o marido, deixando Alexei para trás. Alexandra decidiu que a sua forte filha devia ficar também para trás para tomar conta de Alexei.[36]
Durante o mês que passaram separadas dos pais e da irmã, Tatiana, Olga, Anastásia e uma empregada que tinha ficado com elas, mantinham-se ocupadas a costurar pedras preciosas e todo o tipo de jóias por dentro das suas roupas, para as esconderem dos seus guardas. Tatiana e as irmãs ficaram mais tarde chocadas quando foram assediadas sexualmente pelos guardas a bordo do navio "Rus" que as levou de Tobolsk para Ekaterinburgo em Maio de 1918. Os guardas seguiam as pistas de um ou mais empregados no grupo e procuravam as jóias. Sydney Gibbes foi assombrado durante o resto da sua vida pela memória dos gritos aterrorizados das filhas do czar e pelo fato de não poder fazer nada para as ajudar.[37]
Pierre Gilliard recordou mais tarde a última vez em que viu Olga, Tatiana, Anastasia e Alexei quando foram separados em Ekaterinburgo:
O marinheiro Nagorny, que sempre tomou conta de Alexei Nikolaevitch, passou pela minha janela com o rapaz doente nos braços, atrás dele vinham as grã-duquesas carregadas com malas e pequenos pertences pessoais. Eu tentei sair, mas fui empurrado bruscamente para a carruagem por um guarda. Voltei para a janela. Tatiana Nikolaevna vinha em último, carregando o seu pequeno cão e a esforçar-se por arrastar a sua grande e pesada mala castanha. Estava chovendo e vi os pés dela enterrarem-se mais profundamente na lama a cada passo que dava. Nagorny tentou ajudá-la; foi empurrado bruscamente por um dos guardas.
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[38]
Tatiana com a mãe Alexandra em 1913.Em Ekaterinburgo, Tatiana juntava-se ocasionalmente às suas irmãs mais novas em conversas com alguns dos guardas. Nelas falavam de chá, perguntavam-lhes sobre as suas famílias e falavam sobre as suas esperanças para uma nova vida na Inglaterra quando fossem libertadas. Numa ocasião, um dos guardas esqueceu-se que estava a falar com um membro da realeza e contou uma anedota obscena. Tatiana, chocada, fugiu da sala, "pálida como a morte" e a sua irmã Maria repreendeu os guardas pela sua má linguagem.[39]
Ela "era simpática com os guardas se achasse que eles estavam se comportando de modo aceitável e prendado," escreveu um dos guardas nas suas memórias.[39] Tatiana, que continuava a ser a líder da família, era enviada muitas vezes pelos pais para questionar os guardas sobre as regras ou sobre o que lhes aconteceria. Também passou muito tempo sentada ao lado da mãe, a quem lia) e do irmão mais novo, com quem jogava jogos para ocupar o tempo.
As últimas palavras que Tatiana escreveu no seu diário em Ekaterinburgo foram uma transcrição das palavras do padre Ioann de Kronstadt: "A vossa raiva não tem medida, a raiva do Senhor nos Jardins de Getsêmani, pelos pecados do mundo não tem medida, juntem a vossa raiva à Dele, e nela encontrarão conforto."[40]
Na tarde de 16 de Julho de 1918, o seu último dia completo de vida, Tatiana sentou-se com a sua mãe e leu excertos bíblicos do Livro de Amos e Obadia, escreveu Alexandra no seu diário. Mais tarde as duas simplesmente falaram uma com a outra.[41]
Tatiana Romanova foi assassinada na noite de 17 de Julho de 1918 juntamente com a sua família quando tinha 21 anos.
[editar] Canonização
Em 2000, Tatiana e sua família foram canonizados como Portadores da Paz pela Igreja Ortodoxa Russa. A família foi anteriormente canonizada em 1981 pela Igreja Ortodoxa Russa no estrangeiro como Santos Mártires. Os corpos do czar Nicolau II, da czarina Alexandra e de três filhas foram finalmente enterrados na Catedral de São Pedro e Paulo em São Petersburgo em 17 de julho de 1998, oitenta anos após seu assassinato.[42]
segunda-feira, 5 de julho de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
Adios Hermanos!!!!
Adios Argentina e vitória da Alemanha!!!
Bem merecida....(hehehehe)
Klose você joga demais....
Por sorte não veremos Diego Maradona Pelado ....
Bem merecida....(hehehehe)
Klose você joga demais....
Por sorte não veremos Diego Maradona Pelado ....
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Então voltamos para casa!!!
Então Brasil volta pra casa,ai aja coração....
Mas Brasi lutou até o final...
Foi vitória merecida da Holanda justiça seja feita jogou com muita raça no segundo tempo eu particularmente achei que o Brasil iria voltar com mais garra abafando como no primeiro tempo,mas como diz o ditado não se chora o leite derramado não é mesmo e viva os laranjinhas mecânicas!!!
Parabéns a Seleção parabéns ao Dunga é muita pressão falar é fácil quero ver estar no lugar deles!
Mais do que nunca o Lúcio merece os aplausos do Brasil inteiro jogou muito bem!!!
Valeu a pena!!2014 tem mais!!!
Mas Brasi lutou até o final...
Foi vitória merecida da Holanda justiça seja feita jogou com muita raça no segundo tempo eu particularmente achei que o Brasil iria voltar com mais garra abafando como no primeiro tempo,mas como diz o ditado não se chora o leite derramado não é mesmo e viva os laranjinhas mecânicas!!!
Parabéns a Seleção parabéns ao Dunga é muita pressão falar é fácil quero ver estar no lugar deles!
Mais do que nunca o Lúcio merece os aplausos do Brasil inteiro jogou muito bem!!!
Valeu a pena!!2014 tem mais!!!
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